Sansão tinha o poder do Espírito de Deus,
mas deixou se levar por suas paixões. Tinha uma namorada chamada Dalila que seu
nome queria dizer, oscilante, frágil, delicada, dócil, porém literalmente
falando era sua própria fraqueza.
Ele estava no lugar errado com a pessoa
errada mas pensava consigo:
-Sou Nazireu de Deus.
Nazireu dentro da Torá é o termo que
designa uma pessoa consagrada para o serviço de Deus, e como qualquer tipo de
consagração requer algumas renúncias e propriamente por não abnegar alguma das
sentenças, este começou a sucumbir ao praticar tudo o que não lhe era
permitido.
Tocou no cadáver de um leão ao retirar
um favo de mel que estava dentro do animal, que numa eventualidade havia sido morto
por ele mesmo a algumas horas, no caminho a Timna. Encheu a cara de bebida
forte, entre outras transgressões que você pode ler em Juízes no capítulo 14.
Sansão fazia o que parecia ser correto,
partindo do pressuposto de que era um Nazireu, possivelmente ele achava que
podia fazer tudo, afinal era o escolhido de Deus.
Tornou-se guiado pela lascívia e suas
paixões, cobiçava e deitava com as mulheres mais atraentes.
Dias depois de ter revelado o seu
segredo, deitado no colo da amada teve os seus cabelos cortados e sua força
desapareceu. Porém, sua força não estava em seus cabelos, mas no Senhor e começou
a perde-la quando começou a andar longe de Deus. Sansão quis viver independente,
portanto logo a queda aconteceu.
O primeiro sinal de fraqueza de Sansão
foi quando perdeu a visão, não textualmente, mas quando esse perdeu o foco e
começou a desejar mulheres distante do padrão de Deus.
Mesmo depois de preso, o Senhor continuou
trabalhando em sua vida.
Ás vezes parece que prisão é sinônimo de
abandono, mas não é assim que Deus trata com os seus escolhidos.
Sansão que usava sua força para
glorificar a Deus, agora usava suas forças como um animal de trabalho. Que
humilhação! O forte se tornou fraco e novamente dependente de Deus.
No cárcere o orgulho se foi e a valentia
que equivalia a força de mais de 1000 homens, se tornou tão débil como o poder
de uma criança. Aqueles que o temia, agora zombava dele. Sansão entregou o seu
chamado como um troféu nas mãos de seus inimigos, e foi a maior prova que por
mais que pareçamos fortes jamais devemos brincar com nossas concupiscências e desejos.
No final foi levado até o templo de
Dagom, o deus dos filisteus, e no meio daquela gritaria, zombaria, tornou-se o
espetáculo de seus caçoadores. E na hora da afronta, da sua vergonha, pediu que
o levasse entre as colunas do templo, não podia caminhar sozinho, pois estava
cego. Nesse momento ele orou:
“...
Senhor DEUS, peço-te que te lembres de mim, e fortalece-me agora só esta vez, ó
Deus, para que de uma vez me vingue dos filisteus, pelos meus dois olhos”.
Juízes 16:28
Deus ouviu sua oração e a bíblia diz que ele matou mais em sua morte do que em toda a sua vida. (Juízes 16:30b).
Aqui nitidamente podemos ver que o
Senhor nunca o abandonou, mas usou de todas as formas para que o fizesse voltar.
No seu sofrimento percebeu o quanto
falhou com Deus.
Sansão não ficou cego quando furaram
seus olhos, mas quando enxergava através dos desejos, não foi abandonado na
prisão, mas sofreu consequências de suas escolhas e a prisão era a recompensa de
sua lascívia.
“Porquanto
qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado, e aquele que a si mesmo se
humilhar será exaltado”.
Lucas 14:11 se tornou real na vida de
Sansão. A prisão é o lugar que Deus usa para trabalhar na vida de injustos e
justificados. Sai dela quem é transformado, quem se humilha, quem se arrepende
e reconhece o grande poder de Deus.
Exemplos não nos faltam. Há vários na
bíblia e na atualidade.
Muriel Hercílio De Mello
Glória a Deus.
ResponderExcluir